20/05/2016

A 18 de junho abrir-se-á em Creta o Grande Sínodo pan-ortodoxo

De 18 a 27 de junho realizar-se-á na ilha de Creta o Santo e Grande Sínodo da Igreja Ortodoxa. Tratando-se de um acontecimento muito significativo para o cristianismo ortodoxo, atrai também o olhar de todo o mundo cristão. O ecumenismo também se aprofunda pelo conhecimento dos acontecimentos eclesiais das outras igrejas cristãs. Para favorecer o conhecimento deste importante acontecimento eclesial, deixamos em tradução portuguesa um texto disponibilizado na rubrica «Finestra ecumenica» do Mosteiro de Bose (Itália), com o título «Il 18 giugno si aprirà a Creta il Grande Sinodo panortodosso».


O Concílio pan-ortodoxo, mais corretamente chamado o Santo e Grande Sínodo da Igreja Ortodoxa contará com a participação de bispos de todas as Igrejas autocéfalas canónicas que compõem atualmente a Igreja Ortodoxa, precisamente: o Patriarcado de Constantinopla, o Patriarcado de Alexandria, o Patriarcado de Antioquia, o Patriarcado de Jerusalém, o Patriarcado de Moscovo, o Patriarcado da Geórgia, o Patriarcado da Sérvia, o Patriarcado da Roménia, o Patriarcado da Bulgária, a Igreja de Chipre, a Igreja da Polónia, a Igreja da Albânia, a Igreja das Terras Checas e da Eslováquia.
Depois de algumas décadas de preâmbulos e de desejos, maturados no decurso de assembleias e de congressos pan-ortodoxos, a preparação do concílio foi iniciada oficialmente em 1961, por vontade do então patriarca ecuménico Atenágoras: naquele ano foi convocada a primeira conferência pan-ortodoxa de Rodes, que elaborou uma primeira lista de temas que o sínodo deveria discutir. Estes compreendiam desde o início as relações entre as várias igrejas ortodoxas, com os problemas espinhosos de jurisdição para além dos tradicionais territórios canónicos de pertença, as relações com as igrejas não ortodoxas, a atualização de alguns aspetos da vida da Igreja e mais em geral o papel da Igreja no mundo contemporâneo.
A convocação do concílio pan-ortodoxo foi confiada ao Patriarcado ecuménico, enquanto Igreja que goza de um estatuto primacial de honra (primus inter pares) e desenvolve um ministério de comunhão entre as várias Igrejas ortodoxas: pelo mesmo patriarcado foi assumida também a gestão da preparação e da coordenação dos trabalhos. Com este objetivo, a sede do secretariado para a preparação do concílio foi estabelecida em Chambésy (Genebra). Aqui foram organizadas, a partir de 1976, as conferências pré-sinodais e as reuniões da comissão preparatória inter-ortodoxa, que discutiram, elaboraram e modificaram várias vezes os documentos relativos aos temas sinodais estabelecidos.
Obviamente que o facto de o Santo e Grande Sínodo ser a primeira convocação conciliar pan-ortodoxa desde há séculos, ou melhor há mais de um milénio (desde o II Concílio de Niceia de 787), não podia deixar de levantar numerosos problemas de compreensão recíproca, de visão comum, de coordenação, com tensões não resolvidas entre as várias almas da ortodoxia. Apesar das dificuldades crescentes, com o risco de várias vezes fazerem encalhar o projeto conciliar, foi aumentando, todavia, nos últimos anos, por parte das mentes mais esclarecidas da ortodoxia, a consciência da necessidade inadiável deste acontecimento, para dar um testemunho credível de unidade e comunhão perante o mundo contemporâneo.
Assim se exprimiam, por exemplo, Olivier Clément e Paul Evdokimov num «Apelo à Igreja» publicado em 1971: «Hoje cada grande acontecimento é um acontecimento para todos os homens. A Igreja é um “pequeno rebanho”, mas a atitude dos homens no confronto com ela é ambivalente: desprezam-na, mas esperam também dela gestos e palavras em que se exprima o Sentido… Se a Ortodoxia, portanto, se reunir em concílio, o mundo inteiro voltará para ela os olhos à espera de uma palavra de vida, de uma palavra essencial dirigida a todos».
Depois de várias décadas de perda de velocidade, apesar do entusiasmo, do empenho e da convicção dos patriarcas ecuménicos Atenágoras e Dimitrios, os trabalhos de preparação sofreram uma aceleração apenas nos últimos anos do patriarcado de Bartolomeu, graças sobretudo à instituição de uma nova forma de consulta pan-ortodoxa, a sinaxe dos primazes das igrejas ortodoxas autocéfalas. A convocação de tais reuniões extraordinárias (iniciadas em 1992) foi uma iniciativa do próprio patriarca, para alcançar a sintonia entre as igrejas ortodoxas quanto aos temas de atualidade ou de particular interesse intereclesial, através de um encontro pessoal e próximo, ao nível máximo da hierarquia eclesiástica.
Isto permitiu, de facto, desbloquear a situação de imobilismo: a sinaxe de 2014 anunciou, pois, formalmente a convocação do concílio para o Pentecostes de 2016 e no início do ano corrente, entre 21 e 28 de janeiro, uma nova sinaxe, reunida em Chambésy, confirmou a dita decisão (modificando unicamente o lugar da convocação: já não Istambul, segundo o projeto original, mas Chania, na ilha de Creta, junto da Academia Teológica de Creta, que se encontra sob a jurisdição do patriarca ecuménico); na mesma ocasião foram publicados oficialmente os seis documentos que serão submetidos à aprovação do concílio (a publicação prévia tende a sensibilizar todo o corpo eclesial, abrindo a possibilidade de discussões e de propostas de modificações ulteriores): a missão da Igreja Ortodoxa no mundo contemporâneo; a diáspora ortodoxa; a autonomia [de cada uma das Igrejas ortodoxas locais] e a modalidade da sua proclamação; o sacramento do matrimónio e os seus impedimentos; a importância do jejum e a sua observância hoje; relações da Igreja Ortodoxa com todo o restante mundo cristão.
Note-se que relativamente ao elenco original foram suprimidos três temas que não reuniram a convergência das igrejas para um documento comum: a “autocefalia” e a sua proclamação (ou seja o modo pelo qual cada Igreja pode ser declarada independente das outras); os “dípticos” (ou seja a sequência oficial das Igrejas ortodoxas segundo o grau de dignidade); a questão do calendário comum (ou seja a solução para a disparidade entre o uso do calendário juliano e do calendário gregoriano).
O processo de convocação foi concluído oficialmente com a publicação da encíclica do patriarca Bartolomeu de 20 de março passado, «Sobre a convocação do Santo e Grande Sínodo da Igreja Ortodoxa». Neste texto, o patriarca sublinha a importância da via da sinodalidade como único caminho de discernimento entre verdade e mentira: «Sem decisão sinodal o discernimento entre ortodoxia e heresia não é possível. Todos os dogmas da Igreja e os seus cânones sagrados trazem o selo da sinodalidade. A Ortodoxia é a Igreja da sinodalidade». A encíclica esclarece que se trata antes de mais de dar um testemunho de unidade («os tempos são críticos e a unidade da Igreja deve constituir-se exemplo da unidade para a humanidade dilacerada por divisões e conflitos») e cumprir «um primeiro passo» no caminho sinodal, a que se poderão seguir outros no futuro próximo.
Do ponto de vista prático, é preciso recordar que, na base do regulamento publicado pela própria sinaxe dos primazes de janeiro de 2016, o concílio pan-ortodoxo será presidido pelo patriarca ecuménico, que abrirá e coordenará os trabalhos. Estarão representadas no concílio todas as igrejas ortodoxas autocéfalas, cada uma das quais com uma delegação de 24 bispos, que, todavia, poderão ser acompanhados por seis consultores (clérigos, monges ou leigos, tanto homens como mulheres) e por três assistentes. As discussões, em plenário ou nas comissões separadas, poderão incidir unicamente sobre os seis documentos publicados, e as decisões finais serão tomadas por unanimidade: isto significaria que, caso um documento não recebesse a aprovação de todas as delegações das várias Igrejas (tendo cada uma direito a um voto), não seria aprovado.
Às sessões de abertura e de encerramento poderão assistir os observadores de outras igrejas e confissões religiosas (dois observadores da Igreja Católica e um de cada uma das outras principais igrejas e instituições ecuménicas), conjuntamente com os jornalistas acreditados, enquanto as outras sessões serão todas à porta fechada. Para além dos documentos aprovados, o concílio produzirá uma «mensagem final», cuja redação será confiada a uma comissão especial.
Estes meses que separam a convocação da celebração do concílio já viram um grande fervor organizativo, e também foi suscitado um vivo debate pela publicação dos documentos preparatórios: em vários países (Grécia, Rússia, Bélgica, Estados Unidos), com este objetivo, foram organizados congressos teológicos sobre temas conciliares, que elaboraram propostas de melhoramento e de modificação, contribuindo para a sensibilização da opinião pública e eclesial sobre o significado do acontecimento que se vai celebrar. Não faltaram paralelamente as tensões e reações negativas: às repetidas críticas das franjas conservadoras presentes em quase todas as igrejas ortodoxas às «aberturas» e «novidades» presentes nos documentos sobre as relações da Igreja Ortodoxa com o resto do mundo cristão e sobre a missão da Igreja no mundo contemporâneo, juntaram-se também as tomadas de posição negativas dos sínodos de igrejas inteiras, como a da Igreja Ortodoxa da Geórgia que, depois de se ter recusado, conjuntamente com o Patriarcado de Antioquia, a aprovar o documento relativo ao sacramento do matrimónio, retirou a seguir também a sua aprovação ao documento relativo às relações ecuménicas.
Também não é possível esquecer o incómodo causado pela rutura da comunhão, que perdura, apesar das tentativas de recomposição, entre o Patriarcado de Jerusalém e o Patriarcado de Antioquia, motivada pela jurisdição canónica do Qatar. Apesar de tudo, a determinação do patriarca Bartolomeu e dos seus colaboradores diretos e ao mesmo tempo a convicção de várias outras igrejas ortodoxas alimentam bem a esperança de que o grande navio do concílio, partido de longe, possa finalmente chegar ao porto: será um momento histórico decisivo não só para o mundo ortodoxo, mas também para todo o mundo cristão, como o foi há cinquenta anos o Concílio Vaticano II celebrado no âmbito católico.

08/05/2016

Considerando o Ecumenismo com Maurice Zundel

Na noite de 3 de maio de 2016, decorreu no Centro de Cultura Católica do Porto uma conferência de Alexandre Freire Duarte, subordinada ao tema Considerando o ecumenismo com Maurice Zundel, numa organização do referido Centro e da Comissão Ecuménica Diocesana. O conferencista procurou formular as linhas fundamentais do pensamento ecuménico deste teólogo e místico suíço contemporâneo, primeiramente apresentado no seu itinerário biográfico, aberto a distintas influências e contactos e por vezes inquietante para a própria hierarquia eclesial. Houve, contudo, quem fosse mais sensível às suas intuições, como o papa Paulo VI, que o definiu como «um génio fulgurante da poesia e da mística».A segunda parte da conferência, aquela que diretamente tratou o tema, versou sobre o pensamento ecuménico de Zundel. Alexandre Duarte preveniu os presentes para o facto de aquele místico nada ter escrito de sistemático sobre o ecumenismo, mesmo se a temática foi frequentemente aflorada nos seus escritos, nomeadamente nas suas homilias, permitindo assim uma sistematização que o conferencista assumiu como própria, na fidelidade ao pensamento de Zundel. Sistematizou tal pensamento em torno de cinco eixos fundamentais: o ecumenismo trinitário, segundo o qual a vida ecuménica traduz e fundamenta a «unidade visível total» entre as diferentes confissões cristãs; o ecumenismo da pessoa de Jesus Cristo, «a incarnação do ecumenismo trinitário», enquanto a incarnação o vincula à humanidade de uma forma totalmente despojada e esvaziada de si mesmo; o ecumenismo humano, decorrente da nossa passagem do “Primeiro” para o “Segundo Adão”, deslocando-nos de nós mesmos e dando-nos aos demais; o ecumenismo eclesial, que acontece numa Igreja enformada pela pobreza e pelo despojamento de si na pessoa do seu Senhor; o ecumenismo concreto feito de conteúdo amoroso e de vivência do basilar.
A concluir a sua intervenção, Alexandre Duarte apontou, em jeito de síntese, os elementos de um ecumenismo genuíno e fecundo na perspetiva de Maurice Zundel, que aqui deixamos elencados: relativizar o secundário para se viver o essencial, o nuclear, o verdadeiramente importante; testemunhar, em comum e pelo amor, a presença da vida na vida de todos nós; respirar e amar em comum a um Jesus que, na sua humanidade, remete para a fonte ecuménica divina, a Trindade, infinita circulação de doação e acolhimento amoroso; viver de modo que a Igreja seja vista como o coração ecuménico de um Jesus a dar-se ao mundo inteiro; viver empaticamente com todos aqueles que comungam do amor a Jesus Cristo, o que supõe definirem-se não pela diferença, mas pelo comum; viver numa desapropriação que leva aos outros uma fé ecuménica, que é vivida na presença de um amor infinito que é, e só ele é, a verdade; reconhecer o testemunho basilar do cristianismo, o qual não radica numa doutrina isolada, mas numa vida que, na vida ecuménica, se dá gratuitamente; tentar superar divisões, não pela afirmação da posse da verdade, mas pelo viver diariamente a verdade ecuménica; não exigir que as distintas confissões cristãs reneguem aos seus modos concretos de serem fiéis a Cristo (todas elas estão a convergir numa pessoa ecuménica, um Jesus que nos insere a todos na vida trinitária); nunca violar uma consciência, mas servi-la no silêncio do amor ecuménico do lava-pés (edificar uma unidade pela bondade que faz e dá crédito aos demais, ao reconhecer que neles está o centro vivo do ecumenismo).
Após algum diálogo esclarecedor entre o conferencista e os presentes, tomou a palavra o P. Domingos Oliveira, responsável pela Comissão Ecuménica Diocesana, que, agradecendo ao conferencista, aos presentes e a quantos tornaram possível a iniciativa e fazendo ressoar algumas das reflexões da conferência, encerrou a sessão.

28/04/2016

Declaração conjunta do patriarca Bartolomeu, do arcebispo Hieronymos e do papa Francisco na ilha de Lesbos

Nós, Papa Francisco, Patriarca Ecuménico Bartolomeu e Arcebispo Hieronymos de Atenas e de toda a Grécia, reunimo-nos na Ilha grega de Lesbos para manifestar a nossa profunda preocupação pela situação trágica de numerosos refugiados, migrantes e requerentes de asilo que têm chegado à Europa, fugindo de situações de conflito e, em muitos casos, de ameaças diárias à sua sobrevivência. A opinião mundial não pode ignorar a crise humanitária colossal, criada pelo incremento de violência e conflitos armados, a perseguição e deslocamento de minorias religiosas e étnicas e o desenraizamento de famílias dos seus lares, violando a sua dignidade humana, os seus direitos humanos fundamentais e liberdades.
A tragédia da migração e deslocamento forçados afeta milhões de pessoas e é, fundamentalmente, uma crise da humanidade, clamando por uma resposta feita de solidariedade, compaixão, generosidade e um compromisso económico imediato e prático. Daqui, de Lesbos, fazemos apelo à comunidade internacional para que responda com coragem a esta maciça crise humanitária e às causas que lhe estão subjacentes, por meio de iniciativas diplomáticas, políticas e caritativas e através de esforços de cooperação simultaneamente no Médio Oriente e na Europa.
Como líderes das nossas respetivas Igrejas, estamos unidos no nosso desejo de paz e na nossa disponibilidade para promover a resolução de conflitos através do diálogo e da reconciliação. Enquanto reconhecemos os esforços que já se vão fazendo para fornecer ajuda e assistência aos refugiados, migrantes e requerentes de asilo, apelamos a todos os líderes políticos para que usem todos os meios possíveis a fim de garantir que os indivíduos e as comunidades, incluindo os cristãos, permaneçam nos seus países de origem e gozem do direito fundamental de viver em paz e segurança. Há necessidade urgente de um consenso internacional mais amplo e de um programa de assistência para sustentar o Estado de direito, defender os direitos humanos fundamentais nesta situação insustentável, proteger minorias, combater o tráfico humano e o contrabando, eliminar rotas inseguras como as do Egeu e de todo o Mediterrâneo, e desenvolver procedimentos seguros de reinstalação. Deste modo seremos capazes de ajudar os países diretamente envolvidos na resposta às necessidades de inúmeros irmãos e irmãs nossos que sofrem. De modo particular, afirmamos a nossa solidariedade ao povo da Grécia que, não obstante as suas próprias dificuldades económicas, tem respondido generosamente a esta crise.
Juntos, solenemente, imploramos o fim da guerra e da violência no Médio Oriente, uma paz justa e duradoura e o regresso honroso daqueles que foram forçados a abandonar as suas casas. Pedimos às comunidades religiosas que aumentem os seus esforços para receber, assistir e proteger os refugiados de todas as crenças, e que os serviços religiosos e civis de assistência se empenhem por coordenar os seus esforços. Enquanto perdurar a necessidade, pedimos a todos os países que alarguem o asilo temporário, ofereçam o estatuto de refugiado a quantos se apresentarem idóneos, ampliem os seus esforços de socorro e colaborem com todos os homens e mulheres de boa vontade para um fim rápido dos conflitos em curso.
Hoje, a Europa enfrenta uma das suas crises humanitárias mais sérias desde o fim da II Guerra Mundial. Para vencer este grave desafio, fazemos apelo a todos os seguidores de Cristo para que tenham em mente as palavras do Senhor, segundo as quais seremos um dia julgados: «Porque tive fome e destes-me de comer, tive sede e destes-me de beber, era peregrino e recolhestes-me, estava nu e destes-me que vestir, adoeci e visitastes-me, estive na prisão e fostes ter comigo. (…) Em verdade vos digo: Sempre que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim mesmo o fizestes» (Mt 25, 35-36.40).
Da nossa parte, em obediência à vontade de nosso Senhor Jesus Cristo, estamos firme e sinceramente decididos a intensificar os nossos esforços para promover a plena unidade de todos os cristãos. Reafirmamos a nossa convicção de que «a reconciliação [entre os cristãos] envolve a promoção da justiça social dentro e entre todos os povos (...). Juntos, faremos a nossa parte para oferecer aos migrantes, refugiados e requerentes de asilo uma receção humana na Europa» (Charta œcumenica, 2001). O nosso objetivo, ao defender os direitos humanos fundamentais dos refugiados, requerentes de asilo e migrantes e de tantas pessoas marginalizadas nas nossas sociedades, é cumprir a missão de serviço das Igrejas ao mundo.
O nosso encontro de hoje pretende dar coragem e esperança a quantos procuram refúgio e a todos aqueles que os acolhem e assistem. Instamos a comunidade internacional a fazer da proteção das vidas humanas uma prioridade e a apoiar, em todos os níveis, políticas inclusivas que se estendam a todas as comunidades religiosas. A terrível situação de todas as pessoas afetadas pela atual crise humanitária, incluindo muitos dos nossos irmãos e irmãs cristãos, clama pela nossa oração constante.

Lesbos, 16 de abril de 2016.

Hieronymos II               Francisco              Bartolomeu I