Foto: Agência Ecclesia/OC |
«O programa "Eco Igrejas Portugal" representa um momento de viragem ao assinalar que não chega as Igreja afirmarem o alinhamento dos seus princípios ecoteológicos, é necessário que também o demonstrem, através de projetos, com ações concretas e de forma transparente», explicou Olga Romão, do Conselho Português das Igrejas Cristãs (COPIC), na introdução à assinatura do memorando de entendimento.
O memorando de entendimento foi assinado pelo COPIC, a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), a Aliança Evangélica, a ONG "A Rocha" e a Rede "Cuidar da Casa Comum" que vão dar apoio à viabilização do programa.
O "Eco Igrejas Portugal" visa a promoção da ética da sustentabilidade, contida em princípios ecoteológicos, e a aplicação nas diferentes Igrejas e comunidades cristãs de indicadores de diagnóstico, educação e gestão ambiental, para uma melhoria contínua da sustentabilidade ecológica.
No final foi entregue a flor perpétua, em planta, como sinal de compromisso com a Criação.
A CEP esteve representada na celebração pelo seu presidente, D. José Ornelas, e por D. Armando Esteves Domingues, bispo auxiliar do Porto e presidente da Comissão Episcopal Missão e Nova Evangelização.
Em declarações à Agência Ecclesia e à Rádio Renascença. D. José Ornelas afirmou que, no campo da proteção do ambiente, da ecologia integral, «é possível e necessário» um caminho «com toda a humanidade».
«Este apelo ganhou nova dimensão e nova presença com a encíclica "Laudato Si", aliada também à "Fratelli Tutti", porque é a ecologia humana: da justiça e da dignidade para todos que isto tem a ver com a humanidade no seu conjunto e é algo determinante», desenvolves.
Neste contexto, salientou que «muitos desses valores passaram para a sociedade vindos do Evangelho» e afirmou que, nestas e em outras causas, «não há dúvidas» que as Igrejas Cristãs têm feito «um caminho muito importante e devem continuar a fazê-lo».
«A fé em comum explicita-se em diversos modos, podemos ir fazendo caminhos que nos levem a uma maior unidade entre nós», referiu o bispo de Setúbal.
Entre os presentes estiveram o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa; o presidente da Comissão da Liberdade Religiosa, José Vera Jardim; responsáveis religiosos e da sociedade civil.
A assinatura do memorando conjunto realizou-se numa celebração que assinalou o 50.º aniversário do Conselho Português de Igrejas Cristãs, do qual fazem parte as Igrejas Presbiteriana, Metodista, Lusitana e Evangélica Alemã do Porto, com o tema «Unidos no Amor e na Esperança», bem como 20.º aniversário da Lei da Liberdade Religiosa em Portugal e as duas décadas da Carta Ecuménica para a Europa.
BC/OC